quinta-feira, 30 de dezembro de 2010


Depois de muito tempo, ela resolveu se dar mais uma chance. Pensou que talvez fosse bom se apaixonar novamente; pensou muito sobre isso, mas erroneamente. Encheu-se de falsas esperanças, deixou que o que as pessoas ao seu redor falavam sobre ele dominassem sua mente e inocentemente ela acreditou.  Acreditou e por sorte seu jeito desconfiado não a deixou acreditar totalmente, e na hora da queda que a trouxe de volta para a realidade, foi o que a salvou. Foi estranho,passar semanas andando pelas ruas sorrindo, assobiando músicas românticas, correndo para o telefone toda vez que tocava, dormir agarrada ao travesseiro imaginando como seria se. Mas só se acontecesse; pois bem, não aconteceu. E agora, o que restou a ela, foi passar noites em claro tomando café sozinha no sofá, escrever poemas decadentes, andar de cabeça baixa pelas ruas e quando a solidão aperta de verdade, ligar para algum velho amigo. Tem coisas que nunca mudam, assim como existem solidões que jamais serão preenchidas.
Talvez tenha sido na solidão, onde ela encontrou sua maior companhia; onde ela tenha percebido que o silêncio não é tão ruim assim.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Outro beijo com o mesmo gosto

Eu admito, procurei em outros esquecer você. Mas em todas conversas, procurava por palavras que me remetessem a você. Em todos os sorrisos, procurava por suas gargalhadas. Em todos abraços, procurava por seu calor. E em todos os beijos, só conseguia sentir o seu gosto único.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Hoje estou me pressionando a escrever, qualquer coisa que for. Simplesmente não consigo pensar em nada, me sinto vazia. Mas desta vez, não irei culpar você e nem a ninguém, pela minha solidão; pela minha falta de inspiração.

Porque um dia, eu sei, vou ter que deixá-lo ir

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Como se tapar o sol com uma peneira adiantasse

E no fundo, eu escondo o medo de não te ter mais por perto com revolta. Mas quando estou tomando café sozinha sentada em um banco de praça, admito com tristeza que estou morrendo de medo de nunca poder te ter.

Solidão não me matará

Só não vou ficar alimentando amores, por quem não voltará. Se nunca é para dar certo, tudo bem eu irei sobreviver; antes só e mal amada, do que iludida chorando por quem não se importa.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tenho medo de me inflar de esperanças, de pensar ter certeza de que nós dois ficaremos juntos, de gostar demais de você. Tenho medo, porque todas as outras vezes que pensei assim, me machuquei. Mas nenhuma das outras vezes, a pessoa que imaginei ao meu lado era você, então talvez não custe nada alimentar algumas esperanças que meu gélido coração criou.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Quando dois dias parecem dois anos. Quando um abraço apertado parece um aceno de longe. Quando três horas conversando, mais parece um simples ‘Bom dia!’. Quando você não consegue mais se imaginar longe de alguém. Quando você está apaixonado e simplesmente não sabe mais o que fazer, o que dizer.  Quando você não consegue mais negar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


Eu preciso que você faça com que eu me apaixone por você. Preciso que você faça com que eu esqueça meu passado e construa algo novo ao seu lado.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"Vá!" Eu o sacudia e repetia: "Vá! Procure por ela; encontre ela!". Enquanto ele insistia em apenas olhar para baixo melancolicamente.

ps.: Gostaria muito de poder continuar esse diálogo, que assim parece meio sem sentindo, mas não sei se a minha criatividade permitirá.

Queria ter feito coisas que não fiz

Hoje revirando minhas gavetas, encontrei aquele bilhete que você havia me mandado, pedindo que eu lhe encontrasse ao pôr-do-sol naquela praça, sob aquela velha árvore. Então, me peguei sorrindo sozinha com o tal bilhete apertado junto a meu peito; ainda acho que se você decidisse voltar a falar comigo, eu me apaixonaria por você mais uma vez. Não importando o passado, e nem nada mais. Porque tudo que trago dentro de mim por ti hoje, é a sensação de que não fizemos tudo o que queríamos fazer juntos.

domingo, 21 de novembro de 2010

Só queria que você ainda estivesse aqui


Corri o mais rápido que pude suportar, ignorando os sinais que meu corpo dava de que não aguentaria nem mais meio segundo. Corri tanto pelo asfalto, que meus velhos allstar esquentaram tanto que parecia que iam se dissolver deixando-me descalça. Corri até tombar de joelhos no asfalto quente, esgotada de qualquer força; e implorei para que ele não me deixasse, para que ele não fosse. Mesmo assim ele partiu, e nem olhou para trás para que eu pudesse contemplar seu lindo rosto mais uma vez.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu sinto sua falta; sinto sua falta de verdade. Mas é realmente uma pena, que hoje não temos mais assuntos como antigamente, que as palavras não parecem se encaixar com o que queremos dizer um para o outro. E mais do que assunto, falta sentimento. Porque, oh, hoje o sentimento se foi por completo, nada restou e por mais que nós tentemos nenhuma palavra irá substituir esse vazio que há entre nós.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Ser amada por um homem e desejada por todos os outros." Talvez seja isso mesmo, uma das coisas, que toda mulher deseja. Não é mesmo?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu odeio o fato de amar você

Eu cerrei as mãos e soquei seu peito com toda a força que encontrei, e tudo que ele fez foi me puxar para mais perto de si e beijar minha testa, quando eu desisti de desperdiçar minhas forças e deixei meus braços caírem ao lado de meu corpo.

- Por que você me faz gostar tanto de você?

Idiota! Ele não respondeu e beijou meu pescoço levemente.

- Eu adoro esse seu perfume.

Eu me arrepiei toda, por culpa da carícia inesperada.

- Bobo, eu te odeio.

Ele deu um sorriso torto, sem mostrar os dentes perfeitamente brancos. - Ah, me odeia?

Então o babaca envolveu minha cintura e me beijou; e nos seus braços eu me entreguei ao deleite de saboreá-lo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Café, confusão e poesia

Ela entra tímida no pequeno café mal-iluminado; deixando para trás as ruas movimentadas. Posicionando os óculos de sol sob a cabeça, senta-se numa mesa solitária perto das vidraças e olha melancolicamente as pessoas andando do outro lado da vidraça; do lado real. De repente, seus pensamentos distantes são interrompidos pelo jovem garçom desajeitado pedindo se ela já havia escolhido o que queria neste fim de tarde. Ela respondeu de forma meio confusa que queria apenas um expresso grande, ele virou-se e caminhou lentamente em direção a bancada que dividia o lugar. Ela puxa a bolsa-carteiro para perto de si e retira um pequeno bloco de anotações, onde rabisca alguns versos sobre amor. Quando levanta os olhos, sob a mesa estava o café; toma alguns goles e olha para fora, o dia desaparecera no horizonte e as luzes artificiais já dominavam a noite estranha; e lá estava ela solitária e confusa.

Havia trocado o café amargo, pelo chá quente e doce demais. Porque talvez já estivesse amarga demais sem café, assim como sua mente estava exausta. Mas nem a quantidade exagerada de açúcar no chá conseguia adoçá-la, devolver-lhe a alegria habitual. Era uma tristeza desconhecida, que lhe abraçou devagarzinho e que não queria mais soltá-la.

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." Clarice Lispector

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Deixa?

Deixa eu dormir nos teus braços quando o inverno chegar? Deixa eu pousar minha cabeça sobre seu ombro enquanto estivermos atravessando a Europa num trem? Deixa eu pegar sua mão quando sentir medo vendo algum filme de suspense? Deixa eu te beijar quando o final feliz chegar na tela do cinema? Deixa eu te abraçar quando a chuva começar a cair? Deixa eu... dizer que te amo e quero ser pra sempre sua?

domingo, 31 de outubro de 2010

Simplesmente amor

Ela amava tudo nele; os defeitos e as qualidades. Amava o cheiro de cigarro em suas roupas; amava o gosto de pasta de dente quando ele a beijava; amava o seu cheiro de loção pós-barba; amava seu jeito largado e desprendido; amava a voz rouca dele ao telefone; amava o abraço forte dele; amava quando ele fazia café pra ela; amava quando ele a acordava dizendo baixinho que a amava. Ela o amava tanto, que mal podia suportar o ver andando na direção contrária a dela, após uma briguinha boba. Odiava ter que o ver partir, só podendo ver suas costas largas e não mais seu sorriso desajeitado. Odiava tanto o ver partir, que correu mais rápido do que pensou que suas pernas suportavam; correu e implorou para que ele a tomasse em seus braços novamente. O que ela não sabia, é que ele também amava tudo nela e também odiava ter que partir, mas se olhasse pra trás sabia que não aguentaria e correria para tomá-la como sua mais uma vez, talvez, mais muitas vezes. Ou quem sabe, pela eternidade inteira.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

E eu desejo toda noite que você venha até mim

Dizem as crenças populares que se você olhar para a primeira estrela que surgir no início da noite e fizer um pedido; este pedido se realizará. Então naquela noite, quando a brisa soprou nos cabelos dela, olhou para o céu e pediu que pelo menos em uma noite dessas, ele estivesse vendo aquele mesmo céu ao seu lado.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Está tudo vazio com tua ausência

Talvez agora eu possa perceber o quanto eu fui boba, quando achei que já estava pronta para deixar de ser a garotinha de sempre, para me tornar uma mulher ao seu lado. Minhas paredes hoje estão nuas, não me lembro mais de que cores eram as flores que estavam pintadas nelas e ao meu lado na cama, o que restou foram montes de almofadas empilhadas que não diminuem minha solidão. Você se foi, e pareceu não pensar em como eu ficaria só. Antes de você sair pela minha porta, desligou a luz e meus olhos só puderam ver diante de mim a escuridão terrível que ainda me assombra quando eu chamo por você, inutilmente. Eu andei lendo livros que falam sobre paz interior, tentando em vão buscar a paz que você levou consigo. Eu ainda estou tentando reconstruir lentamente, o pedaço de mim que te pertenceu, e que você jogou na sarjeta saindo pelo portão do meu prédio. Mais do nunca eu queria que você estivesse aqui para me dizer o que acha dos meus novos poemas, do meu novo corte de cabelo, dos meus novos sonhos, que em vão tracei querendo ter você ao meu lado. Busquei novas paixões, confesso até tentei ir tomar um café com o garoto do andar abaixo ao meu apartamento; mas em tudo que ele dizia tentando prender minha atenção, eu buscava por lembranças suas, por semelhanças. Em meu travesseiro borrifei seu perfume, do frasco que você esqueceu no banheiro, e toda vez que tento dormir e me afundar num sono profundo, logo lembro de quando ao invés de uma borrifada de perfume no meu travesseiro e uma pilha de almofadas, eu tinha você.

Nos fones de ouvido: Single Girls - Laura Jansen
Não quero mais ter que aprender a gostar. Não quero mais tentar gostar e não ouvir o que meus desejos gritam aos meus ouvidos. Eu quero me dar uma chance de tentar me apaixonar, mas de forma livre e solta. Eu quero gostar sem explicação, sem motivo e loucamente; mas inteiramente por mim, por minha vontade.

domingo, 24 de outubro de 2010

Só espero que você venha

Talvez o segredo para que as pessoas façam você feliz, seja simplesmente não esperar nada delas. Porque aí tudo o que elas fizerem será surpreendente, mágico: um abraço inesperado, um beijo roubado, um bombom de avelã ou uma margarida colhida do jardim da vizinha. Tudo terá aquele gostinho de surpresa, de inesperado, de felicidade e você perceberá o quanto precisa de pouco para ser agradado.

sábado, 23 de outubro de 2010

Os errados podem ser os mais divertidos

O problema é quando buscamos constantemente por alguém perfeito; alguém que se interesse pelo o que fazemos e pelo o que gostamos; alguém que nos entenda completamente; alguém que nos prenda inteiramente fazendo nós se sentirmos amados; alguém que nos complete. Esquecemos que sobre a existência desse alguém, não se tem registros e enquanto o esperamos muitas vezes preferimos nos privar do mundo com medo de sofrer e perdemos que conhecer 'alguéns' que são meros mortais, e que nem de longe são perfeitos. Mas que de qualquer forma podem ser bem interessantes, e até nos fazer esquecer que existem perfeitos que poderiam ser mais divertidos que eles.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Está decidido, eu irei partir sem você desta vez

 Onde diabos você se meteu? – perguntou ele ao agarrar o braço dela, depois de ficar quase sem fôlego tentando alcançá-la. – Estou procurando você a três dias. Você podia ao menos ter retornado minhas ligações.
 Ah – arfou ela, parecendo não se importar. – Minha bateria acabou e, acho que eu precisava ficar um tempo sozinha.
 Ela soltou seu braço da mão forte dele e queria socá-lo por prendê-la dessa maneira.
 – Você não tem jeito mesmo, não é? - Ele suspirou. – Fiquei preocupado com você.
 Argh. Argh. Argh, como ela detestava quando ele fingia se importar.
 - Preocupado? – Ela arqueou a sobrancelha esquerda. – Até parece! – Riu ironicamente, deu as costas e continuou andando despreocupada.
 - Ei! – gritou ele – Preciso lhe contar uma coisa.
 Ela virou-se e esperou para que ele a alcançasse, ele andou rapidamente parando diante dela. Ela esperava impaciente ele despejar o que tanto queria lhe contar.
 - Então, eu ainda amo você.
 - Ah, mas é claro que sim. – respondeu ela automaticamente – Ama a mim e a todas aquelas que você leva pra jantar, ou seja lá o que você faz com elas, enquanto eu estou me matando na faculdade. – Ela sorriu triste e ele baixou a cabeça, fitando seus pés - Você é definitivamente um canalha e não me obrigue a repetir isso mais uma vez. Portanto, vá embora ou me deixe ir. Será melhor assim, eu acho.
 - Por favor, querida, me deixe provar que desta vez será diferente. – implorou ele, pegando a mão dela e beijando suavemente.
 Éca, ela detestava esse romantismo barato. – Cala a boca! – Disse ela puxando sua mão de volta e esfregando-a com força em seu casaco surrado. – Nem mais uma palavra, chega! Dessa vez eu também estou falando sério: Adeus você, adeus amor, adeus acreditar em canalhas como você. Adeus.
 Enquanto ele continuava parado no mesmo lugar, bestificado; ela virou-se e caminhou lentamente, e ao mesmo tempo, arrancou o chip de seu celular e num movimento rápido o arremessou por sobre seu ombro. Para que ele nunca mais a achasse. Para que ninguém nunca mais a achasse.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Você não é tudo que pensa ser

Minha expressão entediada ao ouvir suas histórias maçantes e seus comentários desnecessários, já comprova meu total desinteresse por você. Talvez seja só você que não percebe que esse seu jeito de pensar que está sempre certo, só provoca uma coisa em mim: tédio.

Permita-se enlouquecer

"E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aqueles que nos compreendem escravizam alguma coisa em nós."

O louco – Gibran Khall Gibran

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Toda brincadeira tem um fundo de verdade

Quando ela o vê, um sorriso imediatamente ilumina seu rosto. Quando ele a abraça, ela deseja que ele a aperte mais e que jamais a solte. Quando ele senta-se perto dela e começa a lhe contar sobre sua vida, metade dela quer loucamente que ele lhe tome como sua e a outra metade impede ela siga seu coração. Quando ele sorri e seus olhos brilham, o coração dela acelera e ela deseja que a terra lhe engula, já que não pode beijá-lo. Quando ela tenta dar sinais do que sente, ele acaba rindo e sempre leva na brincadeira. Quando ela não o vê, morre de saudades em silêncio, mas tenta desesperadamente sufocar esse sentimento; antes que ele a sufoque.

Preocupe-se mais em aproveitar

O que acontece é que, de fato, nós perdemos tempo demais pensando em nossa vida e como queríamos que ela fosse; mas no entanto nos esquecemos de vivê-la.


Créditos da foto e da ideia do post à minha querida amiga Nathália Ferrari

sábado, 16 de outubro de 2010

No silêncio da minha confusão

Em silêncio, às vezes eu desejo que alguém interprete meus sinais; saiba lidar com o meu silêncio e decifre meus sentimentos mais confusos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sinto-me totalmente perdida, mesmo no meio da multidão

A música alta, os pensamentos abafados e confusos, os rostos desconhecidos, o céu negro e estrelado, a brisa fria, o casal que sussurrava juras de amor em meio às outras pessoas, e lá estava eu, sozinha em algum canto qualquer, na minha mão um copo pela metade; pela metade também estavam meus sonhos. Talvez agora nada mais importasse, mas não tenho certeza, minha cabeça girava e nada naquele momento parecia fazer sentido.

domingo, 19 de setembro de 2010

Adiantará cair em arrependimento?

Eu pensei em ir; pensei em falar; pensei em fazer. Juro que pensei nisso tudo. Mas não fui por preguiça e medo de me arrepender de cada passo; não falei por medo de ouvir em resposta o que eu não queria, o que eu já não podia mais suportar; não o fiz por medo de errar e não querer mais ter de tentar de novo. Agora tudo o que restou foram as dúvidas sobre o que teria acontecido se eu tivesse ido; o que eu teria ouvido se eu tivesse falado; e o que teria acontecido se eu tivesse feito. E de fato é sempre assim, o pior arrependimento é aquele que vem pelas coisas não feitas, não ditas ou pelos caminhos não andados.


Créditos da foto à Solana Irene Loch Zandonai.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Volte inspiração, volte pra mim

Então a criatividade escorregou entre meus dedos e eu não pude evitar. A inspiração que antes vinha com poucos goles de café e certa dose de sentimento, agora se escondia em algum café que não veio parar na minha caneca. E eu me senti vazia, de repente, sem nada pra contar. Fitava o vazio quase sem perceber, mas não era tristeza, não era magoa, talvez fosse a minha velha conhecida sensação de falta. Talvez. Mas certeza eu não tenho, de absolutamente nada.

sábado, 11 de setembro de 2010

O que eu também não entendo

Depois de muito reclamar que não conseguia nada de que queria, que a vida lhe era injusta. Na hora que menos esperava, finalmente encontrou o que tanto procurava e então perdeu todo o encanto. Por que depois que conseguimos o que tanto queríamos, simplesmente perde a graça?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ela também queria o seu dito, encaixe perfeito

Ela estava cansada, esgotada e mexia-se lentamente como se todas as suas forças tivessem sido sugadas, abduzidas. Sua voz mal saia de sua boca, estava rouca e queria gritar. Não conseguia. De repente queria que a terra sob seus pés se abrisse e a engolisse, mas seu desejo não parecia ter sido ouvido. Pois continuava ali, frustrada e sentada imóvel fitando o vazio. Sentia uma estranha necessidade de deixar a todos bem, no entanto não estava se deixando bem. E agarrada a uma caneca de café e seu livro favorito, despedia-se de mais um dia confuso, sentindo-se incompleta.

Até onde iria sua ganância?

E na verdade quanto mais se quer, menos se tem. Quanto mais se ama, mais é desprezado. Quanto maiores as boas intenções, piores as traições. É assim, e viva o clichê!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Não há como negar, eu sou sua

E quando leio os bilhetes que trocamos e lembro das conversas que tivemos, penso em quão eu sou ingênua e inofensiva perto de você, como uma criança indefesa. Querendo ou não, eu sempre acabo entregando meu coração de bandeja pra você, minha boca não se cala e continua a libertar tudo o que eu sinto por você, mas que, no entanto você não deveria ficar sabendo. Eu juro que tento silenciar-me quando estou com você, mas meu corpo não permite. A carne é fraca. Rendo-me a você, agora. Tome-me como sua e dê vazão a todo amor que sinto por você. Ame-me não eternamente, mas sim intensamente e não permita que algum dia eu arrependa-me de ter me entregado de forma tão inteira, tão inocente e por ter confiado com todas minhas forças em você.

Quanto mais me afasto, mais desejo te ter por perto


Eu acho melhor você não se aproximar muito de mim, porque eu não sou mais um brinquedo seu. Porém, quando eu fico perto de você e sinto seu cheiro, ah, eu me sinto tão inspirado.

domingo, 5 de setembro de 2010

Mudando a música, dançando com a felicidade

Ainda estava envolta em seu endredom fofinho, permanecia deitada em sua cama aconchegante e desejava mais que tudo uma xícara de leite morno. Mas finalmente, depois de semanas de um mau humor, percebeu que para ser feliz ela não precisaria ter uma garrafa de vodka, nem um namorado, nem roupas novas e nem nada disso. Afinal, nada disso supriria o vazio que ela sentira, mas que enfim hoje havia ido embora; e tomara que pra nunca mais voltar. Os lábios dela se curvaram em um sorriso, e pronto, estava tudo bem.

sábado, 4 de setembro de 2010

Maldita seja a sensação de falta

Eu ouvia as minhas músicas favoritas, mas a melodia dela ecoava diferente em meus ouvidos. Eu tentava desabafar, mas não conseguia pronunciar as palavras certas. Eu abraçava quem mais amo, mas por mais apertados que fossem os abraços nunca pareciam suficientes para suprir meu vazio interno. Eu queria gritar da sacada da sala, mas minha voz era abafada por quem antes eu confiava. Eu sentia o ar gelado roçar meu rosto, mas eu não sentia frio. Eu bebia o café amargo de sempre, mas seu sabor parecia ameno quando tocava minha boca. Eu me vestia bem e me arrumava, mas sempre me sentia ridícula. Eu dançava procurando me libertar, mas sempre acabei desajeitada sentada em alguma mesa longe da pista bebericando alguma bebida forte. Eu procurei preencher o vazio que sentia de várias formas, mas falhei em todas. Eu era incompleta, insatisfeita. Ainda sou.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tem que correr atrás, tem que fazer valer


De repente me senti abraçada por uma estranha sensação boa, e percebi que devia me agarrar a algo na esperança de mudança, de novas paixões, de novas descobertas. E quando percebi isso, sorri crente que a mudança me encontraria. Sem querer banalizar a dimensão disso, mas talvez seja isso que todos nós – pelo menos eu – precisamos.

sábado, 28 de agosto de 2010

Ela sempre irá com você

- Mas e o que te faz pensar que sempre irei com você? - Perguntou-lhe ela erguendo uma sobrancelha - Por acaso você acha que eu sempre serei sua ou que algum dia fui sua?
- Eu não disse nada disso, minha querida. - Respondeu ele na defensiva, dando um sorriso meio tímido - Eu apenas perguntei se dessa vez você viria comigo.
- Ah! - Arfou ela - Sinto muito por ficar tentando adivinhar seus pensamentos, às vezes me esqueço que você não é tão previsível quanto os outros. - Disse ela as gargalhadas.
- Que outros? - Perguntou ele desconfiado.
- Digamos que isso não venha ao caso agora. - Respondeu ela ainda rindo.

E pode ser tarde demais


Às vezes quando a verdade é finalmente dita, todo o resto parece mentira.


Extraído do filme: ‘Idas e Vindas do Amor’

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Meu coração não é de pedra, mas também não é de manteiga

Eu simplesmente não vejo nenhum deles de alguma forma diferente; você sabe, com mais "interesse". E na verdade, eu não acho que isso seja um problema, a felicidade eu encontro em outras coisas e a minha metade é um pedaço de terra entre o Oceano Índico e o Pacífico e não um deles. Aliás, paixão para mim é algo que tenho pela vida, e só.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ainda faz frio aqui dentro


Fazia calor lá fora e suas bochechas ardiam; mas sentada na sombra de uma árvore centenária, ela estava afundada em pensamentos inúteis e de certa forma, torturantes. E mesmo sua pele ardendo pelo calor, seu coração estava gélido; e onde estava ele para mudar isso?

domingo, 22 de agosto de 2010

Do lado da felicidade

O cabelo estava preso numa trança frouxa, vestia uma bata com caimento leve, sua bermuda jeans favorita e o tênis surrado; andava despreocupada em direção ao parquinho onde crianças brincavam, o sol batia em seu rosto fazendo seus olhos parecerem ainda mais verdes e seu cabelo cor de mel reluzir. A melodia do reggae tocava seus ouvidos de leve e quase a fazia levitar, finalmente ela parecia ter descoberto o lado onde está a felicidade real da vida, mesmo sabendo que é natural existirem dias tristes, o sorriso em seu rosto brilhava como nunca. Então, sentou-se num banco de madeira rústica, descalçou os tênis e tirou as meias, cravou os dois pés na areia e sentia a sensação de liberdade a dominando. Andou até o balanço e sentou-se, embalando-se e cantando; a trança se soltou revelando os cachos desgrenhados que pareciam flutuar na mesma velocidade que a brisa quente. Caiu rindo no chão, exausta de tanto embalar-se; a risada ecoou pelos vales e de repente percebeu que estava bem assim, tendo como companhia a simplicidade de um sorriso e o calor de primavera. Se iria encontrar alguém além dos amigos e da música, alguém para amar, ela não sabia. Mas assim, deitada na areia rindo, esse era o final feliz dela.

Nos fones de ouvido: Do lado de cá - Chimarruts

Indecisão

Na verdade, todos sabemos o que queremos fazer. Só nos sentimos indecisos, pois não sabemos se o que queremos é certo ou errado.

sábado, 21 de agosto de 2010

Por ter medo de quebrar meu coração

De certa forma, eu nunca me apaixonei totalmente; nunca preenchi inteiramente meu ser com algum sentimento, que pudesse chamar de paixão. Eu sei, muitas foram às vezes que por me sentir pressionada ou iludida, cheguei a pronunciar que gostava de alguém e que dessa vez era de verdade, mas aí que eu me enganei todas as vezes. Não era verdade, não passavam de mentiras que eu criava dentro de mim, para não me sentir tão fria quanto me julgavam; quanto eu me julgava. E sempre paro para pensar o quão forte foram os sentimentos que criei em vão por pessoas que se quer, me viram do mesmo jeito, pois muitas foram as vezes que me esgotei por esses sentimentos, me machuquei por eles. Mas a única culpada sou eu, antes mesmo de arriscar, já tinha medo e automaticamente me trancava, trancava meu coração aflito. Mas de tanto me proteger um dia me perdi, quis saber se algum dia encontraria o olhar de alguém que me fizesse querer arriscar, porém até hoje nenhum despertou em mim tanto. Opiniões a parte, eu acho que, odeio a sensação de ser dependente, e apaixonar-se é de certa forma entregar-se a alguém; e se esse alguém me decepcionar a culpa será inteiramente minha por ter me entregado e acreditado. E não importa o quanto me digam que a pessoa certa ainda não chegou, que o momento certo não chegou, eu estou farta disso. Desisto desse tal sentimento chamado paixão. Ou não. Não importa, pode ser que não por muito tempo, mas decidi largar esse sentimento inacabado que vive dentro de mim na lata de lixo, talvez assim, eu me sinta completa, sem coisas que nunca fizeram sentido algum.

Nos fones de ouvido: Fidelity - Regina Spektor

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nunca é muito tarde pra ligar

Hoje a primeira coisa que fiz depois de chegar em casa, foi sentar-me no sofá no lugar perto da mesinha de canto; logo o telefone estava sobre meu colo e eu discava seu número, velho costume ridículo. Por sorte logo percebi o que estava fazendo e apertei o gancho com força, repetidas vezes. Eu sei, é burrice, mas é que às vezes eu simplesmente não consigo evitar o costume de escorregar pelo sofá macio e quando contemplo o telefone quieto sobre a mesinha de canto da sala, meus dedos vão sozinhos ao encontro das teclas que combinadas formam seu número; porém essa atitude é boba e impensada. E eu ainda não me acostumei em não ter você aqui; em não poder mais ouvir sua voz forte dizendo “alô”; mas dói saber que mesmo eu insistindo em discar seu número, você não está mais do outro lado da linha.

Agradecimentos a Francesca M. Eccker
Nos fones de ouvido: Mesmo que Mude - Bidê ou Balde

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não deixe que o meu sentimento por você se torne banal

Surpreenda-me de alguma forma, qualquer forma, mas faça algo que ninguém jamais ousou fazer por mim. Encontre-me desprotegida andando pelas ruas mal-iluminadas. Fale-me o que eu sempre quis ouvir, mas que sua boca nunca disse. Proteja-me dos meus medos com seu abraço seguro, mas jamais apague meu abajur, pois tenho medo do escuro. Faça-me delirar com o toque dos seus lábios nos meus. Aqueça-me em seus braços e suas carícias. Pegue-me pelas mãos e leve-me para o mundo desconhecido que nos aguarda ao dobrar a esquina. Torne-me o que eu nunca fui, mas que, no entanto sempre quis ser.
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