sábado, 21 de agosto de 2010

Por ter medo de quebrar meu coração

De certa forma, eu nunca me apaixonei totalmente; nunca preenchi inteiramente meu ser com algum sentimento, que pudesse chamar de paixão. Eu sei, muitas foram às vezes que por me sentir pressionada ou iludida, cheguei a pronunciar que gostava de alguém e que dessa vez era de verdade, mas aí que eu me enganei todas as vezes. Não era verdade, não passavam de mentiras que eu criava dentro de mim, para não me sentir tão fria quanto me julgavam; quanto eu me julgava. E sempre paro para pensar o quão forte foram os sentimentos que criei em vão por pessoas que se quer, me viram do mesmo jeito, pois muitas foram as vezes que me esgotei por esses sentimentos, me machuquei por eles. Mas a única culpada sou eu, antes mesmo de arriscar, já tinha medo e automaticamente me trancava, trancava meu coração aflito. Mas de tanto me proteger um dia me perdi, quis saber se algum dia encontraria o olhar de alguém que me fizesse querer arriscar, porém até hoje nenhum despertou em mim tanto. Opiniões a parte, eu acho que, odeio a sensação de ser dependente, e apaixonar-se é de certa forma entregar-se a alguém; e se esse alguém me decepcionar a culpa será inteiramente minha por ter me entregado e acreditado. E não importa o quanto me digam que a pessoa certa ainda não chegou, que o momento certo não chegou, eu estou farta disso. Desisto desse tal sentimento chamado paixão. Ou não. Não importa, pode ser que não por muito tempo, mas decidi largar esse sentimento inacabado que vive dentro de mim na lata de lixo, talvez assim, eu me sinta completa, sem coisas que nunca fizeram sentido algum.

Nos fones de ouvido: Fidelity - Regina Spektor

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