domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu sei, já faz alguns meses que nosso 'romance' acabou. Mesmo assim, você achou que seria legal se continuássemos a nos falar e sermos amigos, mas sem nenhum outro interesse. Apenas amizade. Mas toda vez que você me pergunta sobre algo ou pede o que eu tenho, e eu insisto em apenas direcionar meus olhos para o chão e dar uma risada tímida. Você pega meu queixo, me faz olhar em seus olhos e diz: "Não minta pra mim, eu te conheço Alice.". Você não faz ideia do que está me pedindo, não faz ideia do quanto é difícil continuar afirmando que está tudo bem; que eu estou bem. Porque na verdade o que aconteceu é você. Foi você que continuou aqui e não deixou que o sentimento morresse; que as lembranças se apagassem. Então, se não for pra dizer que ainda me ama de alguma forma, por favor, pare de me torturar.
Não acredito que perdi minha última chance. Não acredito que não fiz absolutamente nada. Quando vi você se virando e indo embora, sem nem olhar para trás, lágrimas invadiram meus olhos. Fui tomada completamente por um sentimento de impotência; de incapacidade.  Porque dessa vez eu tinha certeza, tinha sido minha última oportunidade e eu havia desperdiçado.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eu me tornei vazia, sendo assim, eu não amo ninguém, muito menos você. Eu não peço seu amor, não peço seu abraço e nem sua companhia. Eu me tornei solitária com o tempo e por mais que pareça extremamente deprimente, é assim que quero permanecer por um longo tempo. Eu sei, às vezes me confundo e acabo dando a entender coisas. Bom, ainda bem que nem tudo é o que parece ser.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Eu fitava seus expressivos olhos escuros e tentava fazer com que você percebesse o que eu queria dizer com aquele olhar. Porém, você não percebeu; não soube entender que eu o queria perto de mim, que eu queria me atirar no teu abraço e sentir meu mundo parar de girar. Quando todo o assunto chegou ao fim, mesmo eu tentando procurar desculpas para você ficar, você disse que tinha que partir. Entrei em desespero, eu definitivamente me odiava por não saber o que fazer. Seus amigos chamavam por você do outro lado da rua e agora você já estava parado em pé diante de mim, e o máximo que eu consegui fazer foi dar-lhe o meu mais apertado abraço, o meu mais demorado beijo no rosto de despedida e dizer que queria que você passasse mais tempo comigo. Você sorriu e disse que me amava, mas eu sabia, era da boca pra fora.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


Quando ele disse que a amava, ela sabia que isso não era uma garantia dele amá-la como ela desejava que amasse. Mesmo assim, ela preferiu acreditar que deveria confiar plenamente nele e amá-lo com toda intensidade que pudesse. No fim, o amor dela mantinha o relacionamento, já que ele mentiu quando disse que a amava verdadeiramente e ela passou a amar por eles dois. Ela sabia disso, mas tamanho era o amor que preferia viver alimentada por mentiras e falsas esperanças de que o amor dele se tornasse real, e fingir que tudo ia bem. Um dia no silêncio da noite ele partiu, deixando apenas um bilhete na cômoda do quarto que até esta noite fora deles. Ela chorou, porém não se preocupou em procurá-lo, sabia que o esforço seria inútil. Agora, tamanha era a dor que sentia e que carregaria pelo resto de vida, que jurou nunca mais acreditar em qualquer tipo que amor; que jurou nunca mais amar ninguém; que jurou se privar eternamente desse sentimento que ela chamava de ingrato, o amor.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Abaixo a cabeça e aperto com força meus olhos, numa tentativa desesperada de evitar mais lágrimas. Balanço a cabeça de um lado para o outro, como se isso me fizesse mudar de pensamentos. Mas não. Por mais que eu revire minhas recordações atrás de algo que me faça sorrir, tudo que eu consigo lembrar é do dia em que eu fui até seu portão esperando te ver sorrir pra mim e me dar seu mais aconchegante abraço. E o que encontrei? Te encontrei com malas feitas, e um olhar de quem parte pra nunca mais voltar; você me olhou e apenas sibilou: “Me esqueça, porque a partir desse momento, será como se eu nunca tivesse te conhecido.” Mas e todas as juras de amor que foram feitas, onde estariam elas agora para me confortar?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mas é assim, só, que noite após noite eu tenho passado. A caneca de café amargo sob minha escrivaninha é minha companhia; e apesar de estar extremamente calor lá fora. Aqui trancada em meu quarto, sinto tamanho frio e vazio, que é como se lá fora nevasse incessantemente. Não que eu sinta sua falta, não que eu deseje seu calor; pelo menos, não mais. Mas acontece que sempre fica aquele restinho de sentimento e no fundo, por você ter sido o último que mexeu comigo, frequentemente sua imagem retorna ao meu pensamento.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Eles saíram da vida um do outro de forma silenciosa. Foi quase sem perceber, que um se afastava do outro. Quando pequenas atitudes começaram a incomodar, ao invés de brigas optaram pela distância. E foi com um adeus silencioso, sem drama e nem sofrimento, apenas com cada um seguindo sua vida que o sentimento que restava, acabou.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Queria poder te trazer de volta


Quando destranco a fechadura enferrujada pelo tempo e sento no velho sofá, é como se pudesse sentir que você ainda está aqui. Quando me apoio sob a bancada e observo a chaleira sob o velho fogão, é como se a qualquer momento você pudesse entrar na cozinha sorrindo e dizendo que vai passar um café pra nós dois. Quando adentro na biblioteca abandonada que já está tomada pelo cheiro de mofo e sobro a poeira que há sob a capa do livro que você costumava ler para mim, é como se eu me sentisse aninhando-me em minha cama enquanto escutava sua doce voz me contando histórias para dormir. Quando me atiro sob a cama que continua desfeita, aperto contra mim os lençóis amarrotados e ainda consigo sentir seu cheiro, com lágrimas nos olhos tenho certeza de que apesar de todos os esforços é impossível fazer você voltar.
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