domingo, 22 de agosto de 2010

Do lado da felicidade

O cabelo estava preso numa trança frouxa, vestia uma bata com caimento leve, sua bermuda jeans favorita e o tênis surrado; andava despreocupada em direção ao parquinho onde crianças brincavam, o sol batia em seu rosto fazendo seus olhos parecerem ainda mais verdes e seu cabelo cor de mel reluzir. A melodia do reggae tocava seus ouvidos de leve e quase a fazia levitar, finalmente ela parecia ter descoberto o lado onde está a felicidade real da vida, mesmo sabendo que é natural existirem dias tristes, o sorriso em seu rosto brilhava como nunca. Então, sentou-se num banco de madeira rústica, descalçou os tênis e tirou as meias, cravou os dois pés na areia e sentia a sensação de liberdade a dominando. Andou até o balanço e sentou-se, embalando-se e cantando; a trança se soltou revelando os cachos desgrenhados que pareciam flutuar na mesma velocidade que a brisa quente. Caiu rindo no chão, exausta de tanto embalar-se; a risada ecoou pelos vales e de repente percebeu que estava bem assim, tendo como companhia a simplicidade de um sorriso e o calor de primavera. Se iria encontrar alguém além dos amigos e da música, alguém para amar, ela não sabia. Mas assim, deitada na areia rindo, esse era o final feliz dela.

Nos fones de ouvido: Do lado de cá - Chimarruts

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