domingo, 21 de novembro de 2010

Só queria que você ainda estivesse aqui


Corri o mais rápido que pude suportar, ignorando os sinais que meu corpo dava de que não aguentaria nem mais meio segundo. Corri tanto pelo asfalto, que meus velhos allstar esquentaram tanto que parecia que iam se dissolver deixando-me descalça. Corri até tombar de joelhos no asfalto quente, esgotada de qualquer força; e implorei para que ele não me deixasse, para que ele não fosse. Mesmo assim ele partiu, e nem olhou para trás para que eu pudesse contemplar seu lindo rosto mais uma vez.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu sinto sua falta; sinto sua falta de verdade. Mas é realmente uma pena, que hoje não temos mais assuntos como antigamente, que as palavras não parecem se encaixar com o que queremos dizer um para o outro. E mais do que assunto, falta sentimento. Porque, oh, hoje o sentimento se foi por completo, nada restou e por mais que nós tentemos nenhuma palavra irá substituir esse vazio que há entre nós.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Ser amada por um homem e desejada por todos os outros." Talvez seja isso mesmo, uma das coisas, que toda mulher deseja. Não é mesmo?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu odeio o fato de amar você

Eu cerrei as mãos e soquei seu peito com toda a força que encontrei, e tudo que ele fez foi me puxar para mais perto de si e beijar minha testa, quando eu desisti de desperdiçar minhas forças e deixei meus braços caírem ao lado de meu corpo.

- Por que você me faz gostar tanto de você?

Idiota! Ele não respondeu e beijou meu pescoço levemente.

- Eu adoro esse seu perfume.

Eu me arrepiei toda, por culpa da carícia inesperada.

- Bobo, eu te odeio.

Ele deu um sorriso torto, sem mostrar os dentes perfeitamente brancos. - Ah, me odeia?

Então o babaca envolveu minha cintura e me beijou; e nos seus braços eu me entreguei ao deleite de saboreá-lo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Café, confusão e poesia

Ela entra tímida no pequeno café mal-iluminado; deixando para trás as ruas movimentadas. Posicionando os óculos de sol sob a cabeça, senta-se numa mesa solitária perto das vidraças e olha melancolicamente as pessoas andando do outro lado da vidraça; do lado real. De repente, seus pensamentos distantes são interrompidos pelo jovem garçom desajeitado pedindo se ela já havia escolhido o que queria neste fim de tarde. Ela respondeu de forma meio confusa que queria apenas um expresso grande, ele virou-se e caminhou lentamente em direção a bancada que dividia o lugar. Ela puxa a bolsa-carteiro para perto de si e retira um pequeno bloco de anotações, onde rabisca alguns versos sobre amor. Quando levanta os olhos, sob a mesa estava o café; toma alguns goles e olha para fora, o dia desaparecera no horizonte e as luzes artificiais já dominavam a noite estranha; e lá estava ela solitária e confusa.

Havia trocado o café amargo, pelo chá quente e doce demais. Porque talvez já estivesse amarga demais sem café, assim como sua mente estava exausta. Mas nem a quantidade exagerada de açúcar no chá conseguia adoçá-la, devolver-lhe a alegria habitual. Era uma tristeza desconhecida, que lhe abraçou devagarzinho e que não queria mais soltá-la.

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." Clarice Lispector

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Deixa?

Deixa eu dormir nos teus braços quando o inverno chegar? Deixa eu pousar minha cabeça sobre seu ombro enquanto estivermos atravessando a Europa num trem? Deixa eu pegar sua mão quando sentir medo vendo algum filme de suspense? Deixa eu te beijar quando o final feliz chegar na tela do cinema? Deixa eu te abraçar quando a chuva começar a cair? Deixa eu... dizer que te amo e quero ser pra sempre sua?
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