domingo, 19 de setembro de 2010

Adiantará cair em arrependimento?

Eu pensei em ir; pensei em falar; pensei em fazer. Juro que pensei nisso tudo. Mas não fui por preguiça e medo de me arrepender de cada passo; não falei por medo de ouvir em resposta o que eu não queria, o que eu já não podia mais suportar; não o fiz por medo de errar e não querer mais ter de tentar de novo. Agora tudo o que restou foram as dúvidas sobre o que teria acontecido se eu tivesse ido; o que eu teria ouvido se eu tivesse falado; e o que teria acontecido se eu tivesse feito. E de fato é sempre assim, o pior arrependimento é aquele que vem pelas coisas não feitas, não ditas ou pelos caminhos não andados.


Créditos da foto à Solana Irene Loch Zandonai.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Volte inspiração, volte pra mim

Então a criatividade escorregou entre meus dedos e eu não pude evitar. A inspiração que antes vinha com poucos goles de café e certa dose de sentimento, agora se escondia em algum café que não veio parar na minha caneca. E eu me senti vazia, de repente, sem nada pra contar. Fitava o vazio quase sem perceber, mas não era tristeza, não era magoa, talvez fosse a minha velha conhecida sensação de falta. Talvez. Mas certeza eu não tenho, de absolutamente nada.

sábado, 11 de setembro de 2010

O que eu também não entendo

Depois de muito reclamar que não conseguia nada de que queria, que a vida lhe era injusta. Na hora que menos esperava, finalmente encontrou o que tanto procurava e então perdeu todo o encanto. Por que depois que conseguimos o que tanto queríamos, simplesmente perde a graça?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ela também queria o seu dito, encaixe perfeito

Ela estava cansada, esgotada e mexia-se lentamente como se todas as suas forças tivessem sido sugadas, abduzidas. Sua voz mal saia de sua boca, estava rouca e queria gritar. Não conseguia. De repente queria que a terra sob seus pés se abrisse e a engolisse, mas seu desejo não parecia ter sido ouvido. Pois continuava ali, frustrada e sentada imóvel fitando o vazio. Sentia uma estranha necessidade de deixar a todos bem, no entanto não estava se deixando bem. E agarrada a uma caneca de café e seu livro favorito, despedia-se de mais um dia confuso, sentindo-se incompleta.

Até onde iria sua ganância?

E na verdade quanto mais se quer, menos se tem. Quanto mais se ama, mais é desprezado. Quanto maiores as boas intenções, piores as traições. É assim, e viva o clichê!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Não há como negar, eu sou sua

E quando leio os bilhetes que trocamos e lembro das conversas que tivemos, penso em quão eu sou ingênua e inofensiva perto de você, como uma criança indefesa. Querendo ou não, eu sempre acabo entregando meu coração de bandeja pra você, minha boca não se cala e continua a libertar tudo o que eu sinto por você, mas que, no entanto você não deveria ficar sabendo. Eu juro que tento silenciar-me quando estou com você, mas meu corpo não permite. A carne é fraca. Rendo-me a você, agora. Tome-me como sua e dê vazão a todo amor que sinto por você. Ame-me não eternamente, mas sim intensamente e não permita que algum dia eu arrependa-me de ter me entregado de forma tão inteira, tão inocente e por ter confiado com todas minhas forças em você.

Quanto mais me afasto, mais desejo te ter por perto


Eu acho melhor você não se aproximar muito de mim, porque eu não sou mais um brinquedo seu. Porém, quando eu fico perto de você e sinto seu cheiro, ah, eu me sinto tão inspirado.

domingo, 5 de setembro de 2010

Mudando a música, dançando com a felicidade

Ainda estava envolta em seu endredom fofinho, permanecia deitada em sua cama aconchegante e desejava mais que tudo uma xícara de leite morno. Mas finalmente, depois de semanas de um mau humor, percebeu que para ser feliz ela não precisaria ter uma garrafa de vodka, nem um namorado, nem roupas novas e nem nada disso. Afinal, nada disso supriria o vazio que ela sentira, mas que enfim hoje havia ido embora; e tomara que pra nunca mais voltar. Os lábios dela se curvaram em um sorriso, e pronto, estava tudo bem.

sábado, 4 de setembro de 2010

Maldita seja a sensação de falta

Eu ouvia as minhas músicas favoritas, mas a melodia dela ecoava diferente em meus ouvidos. Eu tentava desabafar, mas não conseguia pronunciar as palavras certas. Eu abraçava quem mais amo, mas por mais apertados que fossem os abraços nunca pareciam suficientes para suprir meu vazio interno. Eu queria gritar da sacada da sala, mas minha voz era abafada por quem antes eu confiava. Eu sentia o ar gelado roçar meu rosto, mas eu não sentia frio. Eu bebia o café amargo de sempre, mas seu sabor parecia ameno quando tocava minha boca. Eu me vestia bem e me arrumava, mas sempre me sentia ridícula. Eu dançava procurando me libertar, mas sempre acabei desajeitada sentada em alguma mesa longe da pista bebericando alguma bebida forte. Eu procurei preencher o vazio que sentia de várias formas, mas falhei em todas. Eu era incompleta, insatisfeita. Ainda sou.
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