segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tem que correr atrás, tem que fazer valer


De repente me senti abraçada por uma estranha sensação boa, e percebi que devia me agarrar a algo na esperança de mudança, de novas paixões, de novas descobertas. E quando percebi isso, sorri crente que a mudança me encontraria. Sem querer banalizar a dimensão disso, mas talvez seja isso que todos nós – pelo menos eu – precisamos.

sábado, 28 de agosto de 2010

Ela sempre irá com você

- Mas e o que te faz pensar que sempre irei com você? - Perguntou-lhe ela erguendo uma sobrancelha - Por acaso você acha que eu sempre serei sua ou que algum dia fui sua?
- Eu não disse nada disso, minha querida. - Respondeu ele na defensiva, dando um sorriso meio tímido - Eu apenas perguntei se dessa vez você viria comigo.
- Ah! - Arfou ela - Sinto muito por ficar tentando adivinhar seus pensamentos, às vezes me esqueço que você não é tão previsível quanto os outros. - Disse ela as gargalhadas.
- Que outros? - Perguntou ele desconfiado.
- Digamos que isso não venha ao caso agora. - Respondeu ela ainda rindo.

E pode ser tarde demais


Às vezes quando a verdade é finalmente dita, todo o resto parece mentira.


Extraído do filme: ‘Idas e Vindas do Amor’

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Meu coração não é de pedra, mas também não é de manteiga

Eu simplesmente não vejo nenhum deles de alguma forma diferente; você sabe, com mais "interesse". E na verdade, eu não acho que isso seja um problema, a felicidade eu encontro em outras coisas e a minha metade é um pedaço de terra entre o Oceano Índico e o Pacífico e não um deles. Aliás, paixão para mim é algo que tenho pela vida, e só.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ainda faz frio aqui dentro


Fazia calor lá fora e suas bochechas ardiam; mas sentada na sombra de uma árvore centenária, ela estava afundada em pensamentos inúteis e de certa forma, torturantes. E mesmo sua pele ardendo pelo calor, seu coração estava gélido; e onde estava ele para mudar isso?

domingo, 22 de agosto de 2010

Do lado da felicidade

O cabelo estava preso numa trança frouxa, vestia uma bata com caimento leve, sua bermuda jeans favorita e o tênis surrado; andava despreocupada em direção ao parquinho onde crianças brincavam, o sol batia em seu rosto fazendo seus olhos parecerem ainda mais verdes e seu cabelo cor de mel reluzir. A melodia do reggae tocava seus ouvidos de leve e quase a fazia levitar, finalmente ela parecia ter descoberto o lado onde está a felicidade real da vida, mesmo sabendo que é natural existirem dias tristes, o sorriso em seu rosto brilhava como nunca. Então, sentou-se num banco de madeira rústica, descalçou os tênis e tirou as meias, cravou os dois pés na areia e sentia a sensação de liberdade a dominando. Andou até o balanço e sentou-se, embalando-se e cantando; a trança se soltou revelando os cachos desgrenhados que pareciam flutuar na mesma velocidade que a brisa quente. Caiu rindo no chão, exausta de tanto embalar-se; a risada ecoou pelos vales e de repente percebeu que estava bem assim, tendo como companhia a simplicidade de um sorriso e o calor de primavera. Se iria encontrar alguém além dos amigos e da música, alguém para amar, ela não sabia. Mas assim, deitada na areia rindo, esse era o final feliz dela.

Nos fones de ouvido: Do lado de cá - Chimarruts

Indecisão

Na verdade, todos sabemos o que queremos fazer. Só nos sentimos indecisos, pois não sabemos se o que queremos é certo ou errado.

sábado, 21 de agosto de 2010

Por ter medo de quebrar meu coração

De certa forma, eu nunca me apaixonei totalmente; nunca preenchi inteiramente meu ser com algum sentimento, que pudesse chamar de paixão. Eu sei, muitas foram às vezes que por me sentir pressionada ou iludida, cheguei a pronunciar que gostava de alguém e que dessa vez era de verdade, mas aí que eu me enganei todas as vezes. Não era verdade, não passavam de mentiras que eu criava dentro de mim, para não me sentir tão fria quanto me julgavam; quanto eu me julgava. E sempre paro para pensar o quão forte foram os sentimentos que criei em vão por pessoas que se quer, me viram do mesmo jeito, pois muitas foram as vezes que me esgotei por esses sentimentos, me machuquei por eles. Mas a única culpada sou eu, antes mesmo de arriscar, já tinha medo e automaticamente me trancava, trancava meu coração aflito. Mas de tanto me proteger um dia me perdi, quis saber se algum dia encontraria o olhar de alguém que me fizesse querer arriscar, porém até hoje nenhum despertou em mim tanto. Opiniões a parte, eu acho que, odeio a sensação de ser dependente, e apaixonar-se é de certa forma entregar-se a alguém; e se esse alguém me decepcionar a culpa será inteiramente minha por ter me entregado e acreditado. E não importa o quanto me digam que a pessoa certa ainda não chegou, que o momento certo não chegou, eu estou farta disso. Desisto desse tal sentimento chamado paixão. Ou não. Não importa, pode ser que não por muito tempo, mas decidi largar esse sentimento inacabado que vive dentro de mim na lata de lixo, talvez assim, eu me sinta completa, sem coisas que nunca fizeram sentido algum.

Nos fones de ouvido: Fidelity - Regina Spektor

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nunca é muito tarde pra ligar

Hoje a primeira coisa que fiz depois de chegar em casa, foi sentar-me no sofá no lugar perto da mesinha de canto; logo o telefone estava sobre meu colo e eu discava seu número, velho costume ridículo. Por sorte logo percebi o que estava fazendo e apertei o gancho com força, repetidas vezes. Eu sei, é burrice, mas é que às vezes eu simplesmente não consigo evitar o costume de escorregar pelo sofá macio e quando contemplo o telefone quieto sobre a mesinha de canto da sala, meus dedos vão sozinhos ao encontro das teclas que combinadas formam seu número; porém essa atitude é boba e impensada. E eu ainda não me acostumei em não ter você aqui; em não poder mais ouvir sua voz forte dizendo “alô”; mas dói saber que mesmo eu insistindo em discar seu número, você não está mais do outro lado da linha.

Agradecimentos a Francesca M. Eccker
Nos fones de ouvido: Mesmo que Mude - Bidê ou Balde

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não deixe que o meu sentimento por você se torne banal

Surpreenda-me de alguma forma, qualquer forma, mas faça algo que ninguém jamais ousou fazer por mim. Encontre-me desprotegida andando pelas ruas mal-iluminadas. Fale-me o que eu sempre quis ouvir, mas que sua boca nunca disse. Proteja-me dos meus medos com seu abraço seguro, mas jamais apague meu abajur, pois tenho medo do escuro. Faça-me delirar com o toque dos seus lábios nos meus. Aqueça-me em seus braços e suas carícias. Pegue-me pelas mãos e leve-me para o mundo desconhecido que nos aguarda ao dobrar a esquina. Torne-me o que eu nunca fui, mas que, no entanto sempre quis ser.

domingo, 15 de agosto de 2010

Minha (nada) doce realidade

Cansei de agir como uma dama; cansei de tentar fingir ser alguém que não sou; cansei de ser a educadinha, a paciente; cansei dessa vidinha medíocre. Não quero ter que passar o resto dos meus dias me equilibrando num salto de quinze centímetros, nem sussurrando, nem afogada num sentimento de incapacidade, nem apenas bebendo pequenos goles de champagne. Não quero esperar o resto da minha vida pelo príncipe encantado, definitivamente não quero. Vou ir além das expectativas, e mesmo sem querer ser uma dama o tempo todo, não vou perder a classe. No entanto, esticarei meus pés cansados sobre a mesa, mesmo meu allstar estando sujo; rolarei na relva num domingo de sol; brindarei o meu sucesso, virando toda a taça de champagne; e dançarei como se fosse pela salvação da minha vida fútil demais.

sábado, 14 de agosto de 2010

Talvez eu queira você

Hoje quando você veio falar comigo, eu te dei pouca atenção, fui irônica, ri dos seus sentimentos. Tudo isso por querer ser forte e me proteger. Mas provavelmente semana que vem quando eu estiver sentada no meu café preferido, bebericando um chocolate quente fumegante e ver pelas vidraças você passando de mãos dadas com qualquer outra, talvez eu queira gritar que ela é uma vagabunda e que você é todo meu. E vou querer te beijar e ao mesmo tempo perguntar como você foi capaz de me esquecer tão rápido, mas tanto faz, porque eu não vou querer ouvir a resposta de ambos. A única coisa que eu vou querer é te beijar, sentir teus braços quentes envolvendo minha cintura. E o resto que se dane.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Não é necessário motivo para um sorriso

Elas riram, assim, de uma piadinha qualquer; sem nenhum outro motivo maior. O riso delas ecoou e fez quem passava distraído sorrir também. Era um riso despreocupado e sincero como o de uma criança, e por um momento era isso que elas queriam ser: crianças!

Créditos da foto à Nathália Ferrari e dedico este post para as modelos da foto: Estella Munhoz e Amanda Ariotti.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ele era um canalha e ela sabia disso

Ela sabia que ele havia sido um total canalha e tudo mais, mas de certa forma ela adorava voltar a falar com ele repentinamente. Talvez ela fosse realmente uma idiota, ou quem sabe ela só se sentisse reconfortada nas palavras fofas dele, mesmo sabendo que a grande maioria não passavam de mentiras. Mas quando lhe parecia conveniente era ótimo se sentir amada e desejada; mesmo sabendo que provavelmente eles nunca ficarão juntos mais uma vez. Mas quando ela se sentia meio sozinha, mas ao mesmo tempo totalmente segura de que podia resistir à ele, ela discava rapidamente o número dele no celular e ao ouvir a voz rouca dele falando, suspirava e começava a rir junto dele. No fundo, o que o fazia ainda ser louco por ela, era o fato dela um dia ter dito tudo o que ninguém jamais havia dito ele, e ter ido embora sem perdoar. Ele havia errado e contava com o perdão imediato dela, no entanto ela apenas riu e virou as costas. Ele amava essa certeza dela, essa atitude, esse poder que ela exercia sobre ele. E amava mais ainda ela, tudo nela o deixava meio desligado de todo o resto. E o que ela mais amava nele, era o fato de certa forma poder manipular os sentimentos dele, e ao mesmo tempo querer ele mais perto. Ela era totalmente fascinada por isso.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ele sabia que ela era tudo de que precisava

"O barco que se danasse: agora, só o que ele queria era se deitar ao lado dela, de mãos dadas, e nunca mais soltar." (Gossip Girl - Cecily von Ziegesar)

sábado, 7 de agosto de 2010

Tarde demais, querido

- Fique comigo, meu amor. Eu te amo e quero ficar ao seu lado pra sempre!
- Desculpa querido, mas você não está enganando a mim com essas falsas promessas, mas sim a si mesmo. Você não me ama e nem quer passar o resto da sua vida ao meu lado, afinal você mal me suporta na TPM. – Ela riu ironicamente.
Ele fungou e tentou beijá-la, porém ela colocou as duas mãos no peito dele e deu um passo pra trás, meio na defensiva.
- Não venha pra cima de mim com esse sentimentalismo barato, se você me amasse não jogaria aquelas trovas estúpidas pra cima daquela vadiazinha. – Ela mordeu o lábio inferior e continuou – Ou você pensa que eu não sei nada sobre isso?
Ele ficou completamente mudo e abaixou a cabeça, desviando o olhar. Ela ergueu uma sobrancelha ao vê-lo daquele jeito, o puxou pra perto, deu-lhe o beijo mais caloroso que ele recebera e foi embora. E ele sabia que agora mais do que nunca ele desejava tê-la.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Talvez ver a vida passar pela janela seja pior do que você pensa

Você nem ao menos sabe diferenciar o céu do inferno, pois nunca soube o que é sofrer realmente. E preferiu acreditar em sombras a ir até lá fora e ver quem são os verdadeiros heróis. Não sabe a sensação de um banho quente após um longo dia de inverno congelante, por ter medo de que não possa suportar o vento frio. Deixou quem mais amava partir, por não conseguir engolir todo esse orgulho besta e desnecessário. Achou mais confortável acreditar em vozes de pessoas que nem ao menos querem o seu bem, a criar seu próprio destino, sua própria historia. Mas será que você saberia distinguir o conforto da angustia e do medo?

Nos fones de ouvido: Wish You Were Here - Pink Floyd

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nunca estará só

Lágrimas quentinhas rolavam pelo rosto frio por culpa do vento congelante de inverno, a amiga em consolo a abraçou afangando seus cabelos. Não precisavam se dirigir uma única palavra para compreender a situação, só precisavam daquele abraço reconfortante. De repente a garota que chorava solta-se do abraço e murmura entre pequenos soluços:
- Você ainda vai estar aqui quando eu cair? - A outra garota sorri e aperta forte a mão de sua quase irmã.
- Eu estarei tão perto de você, que não te deixarei cair. Eu sempre estarei aqui, do seu lado. Sempre.


Dedico esta crônica à uma das melhores pessoas que apareceu em minha vida, minha quase irmã Solana Irene Loch Zandonai.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Não seriam ideias, afinal, tão superiores à realidade?

Emily chegou por volta da meia-noite. Viera de trem. Ela viu o modo como ele sempre a retratava, em seus sonhos febris da madrugada, quando atirava longe a caneta e lançava o papel para fora da mesa, incapaz de escrever, incapaz de concentrar, incapaz de pensar em qualquer coisa que não fosse seu pescoço gracioso, a curva de seus quadris. Ela parecia a pura ideia de uma mulher, e não era melhor, perguntava-se ele, do que a realidade da situação? Não seriam ideias, afinal, tão superiores à realidade?

O despertador do Poeta – Shermam Anderson Hartman
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